Prosa Poética

Até tu...silêncio !

Na lezíria do tempo desnudo todo
Sossego disperso numa lamúria acantonada
Nesta esperança conversa nutrindo o global
Momento de solidão ali imersa e bem escrutinada
 
Até tu, silêncio ceifas da noite uma ilusão tão sórdida
Peregrinando pela escuridão que agora se desfaz num pranto

Por um drink de solidão

Nula hora captada num imperdível
Silêncio medido neste incasto momento
De tempo pernoitando pendurado na galopante
Luz jardinando o pasto das solidões mais dopantes

E assim vaidosa se vestiu a noite derradeira traçando
Geométricos gomos de ilusão à esbatida saudade que
Se empoleirou em todas as lembranças que deixei
Palpáveis, vigilantes e tão inexoráveis

Fiz-me à estrada alongando a lasciva madrugada
Serena, pontual, vulnerável, embebida num cálice de desejos
Tão cobiçados…quase manipuláveis e tão bem esmiuçados

Um dia...depois do adeus

Eu sei, assim será decerto…um dia, depois do adeus,
O assombroso anoitecer que acontece distraindo até o supremo
Silêncio doloso, factual, porventura, inútil, viciante … textual

Um dia…depois do adeus qual gota de orvalho desprendo-me
Das pétalas da solidão escorrendo licorosamente ladeira abaixo
Revitalizando este tempo enfeitado de desejos magníficos e irreverentes

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