É ver, serrir e acenar... corta-me o ar
In, Ativismo Sedentário - 0,49 Poemas sobre Revolução
Aparento ser mais um sem rumo.
A lucidez em mim sempre perdura, o tempo desvaneceu-se em fumo.
Horários trocados e mobilidade de uma escultura.
Explosões e mais implosões só de ideias, o fumo sai cada vez mais pelos ouvidos...
Um quê de rebeldia, amor-próprio e vou praticando a postura.
Apago o cigarro, sinto o sangue nas veias.
Queria vislumbrar um futuro, mas as paisagens são tão feias.
Desérticas como a vossa Superioridade!
Mísera e esquelética, como a vossa cultura geral.
E preferiam que os gays estivessem todos para lá dum muro?
Já tive de me conter para não dar muito murro...
Seca esta nossa ideia de felicidade.
Deixaram que o dinheiro vos transformasse em pestes?
Roupas cheirosas e perfumes estilosos. Bem tingidas estão essas vestes.
Puro sangue asiático, pago a preço da chuva.
No escritório a obesidade é festejada com sumos de uva.
Páro. Penso. Respiro um bocado.
Penso no caminho.
Dirijo-me para sud... Mas vislumbro 2 nordestes.
Medito. Páro. Penso. Respiro um bocado. Onde caralho está o caminho?
Talvez devesse descansar o pedaço, ajudava 1 bagaço.
Mas há tanto para fazer e cada um se fecha cada vez mais no seu ninho.
Comunicam por ligações, trocam poucas impressões.
Tenho de pôr mãos á obra. E produzo pouco mais que um traço, marcado a tinta azul,
é suposto isso aí acima, e repito, ser considerado uma obra.
Talvez de arte, diz-me do modo como evoluem as merdas,
quantos anos faltam para pisar Marte?
Comentários
Frederico De Castro
5ª, 27/10/2016 - 14:08
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Belo e introspectivo meu caro
Belo e introspectivo meu caro poeta
Parabens pelo trabalho sério de profunda meditação
FC
Arlete Klens
6ª, 04/11/2016 - 00:22
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Aplausos, Bela obra.
Aplausos, Bela obra.