Quando te vejo

Quando te vejo.

É complicado respirar quando te vejo.

O que é automático torna-se manual.

Eu, tanto quanto sou, 

Fico estranho.

Mais do que o habitual.

Tu dizias que eu  era estranho.

Estranho é bom? Respondi com meio sorriso.

É diferente, disseste tanto quanto eras.

E o pouco que sou, entreguei-te de uma vez,

Olhei-te nos olhos, e num piscar era teu.

Tudo o que alguma vez conquistei,

Tudo o que eu vi, vivi, sofri.

Era o que fosse, mas era teu.

Não quiseste, é triste, mas justo.

Espero que encontres o teu caminho.

Espero que durante a caminhada te apaixones.

Pela vida, e por ti mesma.

Mas sabes uma coisa?

Quando te vejo.

É complicado respirar quando te vejo.

 

 

 

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