Na falésia do abismo
Autor: Hugo Silva on Thursday, 12 October 2017
Na falésia do abismo
Tarde pacata, só se ouve o vento.
E mais uma vez tento.
Quebrar a” trincheira.”
Aquela barreira.
Que me impede e que me agarra.
Que me amarra.
Que me sustem no ar…
Com a mente a pairar!
Longe do corpo e da alma?
E que escorrega da palma.
As mãos elevam-se num ato de desespero.
E aclamam pela calma.
Devagar desço a calçada.
Pela pedra demarcada.
Que diz falésia, diz abismo.
Tremem sentimentos como um sismo.
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