Ciclo marasmo

Prende sonhos em pensamentos soltos,

Passado morto que volta a ressuscitar

Onde andará as fantasias além mar?

Onde é preciso chegar para sentir as flores

Que a primavera pinta em pedaços de chão?

Gritei em vão na noite calada.

Me vem o grito da alvorada que me agita na cama,

Ganhei fama de bom de cama a sono solto...

Mas preciso ser o ser desperto e molhar o corpo,

Atos que a mesmice do cotidiano me faz seguir,

Escovar dentes e após engolir uma xícara de café

- Com leite para quebrar o amargo. Uma colher de açúcar...

O relógio marca meu tempo de atraso,

O sono fica na água fria que me banha,

O sonho começa quando chego ao ponto de ônibus,

Serão algumas horas de serviço marasmo

Até que o último cliente deixe cair um “boa tarde”

E me venha a alegria de chegar outra vez na cama...

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