ENTENDA A SENDA

 

 

 

entenda a senda

quando tudo se tornar efêmero

despertando a venda

de todos sacrifícios

em sólidos degelos 

 

(e se houver intento de desatar

todos os laços e meadas

que se anelem aos berços

complacentes

as imagens lívidas de gesso)

 

entenda a senda

se forem apenas fagulhas

de fogo estiado

se escoando nas águas e ventos

sem margens ou rumo

 

(e se o sereno converter-se

em dunas

-de íngremes fronteiras

que se convertam em veias

seus ácidos arames)

 

 

 

 

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