Esta Espécie de Amor

O amor é sexo sempre que o

Sexo é Amor

 

ESTA ESPÉCIE DE AMOR

 

Ontem olhei-te mais uma vez

Fiquei emocionado, agradado

Chocado com essa tua nudez

Que tanto tenho apreciado

 

O teu dormir era calmo, inocente

Ignoravas a hora a que eu chegaria

Esperavas por mim sossegadamente

Não sabias

Que seria impossível adiar mais um dia

 

Contemplei-te agora com malícia

Esperando que não me sentisses

Para poder dar largas à delícia

Que era ver-te sem que me visses

 

Os teus lindos seios solicitavam

Que os beijasse indecentemente

Provocando o que obrigavam

As boas maneiras sensatamente

 

Dos teus seios à tua barriga

O espaço era tão pequeno

Sem dificuldade, sem fadiga

Entrei no lugar mais obsceno

 

Que de obsceno tem pouco

E de sagrado tem muito…!

Admirável obsceno que é louco

E de gosto tão fortuito

 

Por favor

 Não te atrevas agora a acordar

É tão raro poder apreciar-te

Já que quando estamos a amar

Estamos colados,

Parecemos um único, comigo a adorar-te…

 

Autor:
Jorge Vasconcelos

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