ALVORECER

Sonolenta surge a claridade da manhã ditosa
Suave, delicada, colorida, pródiga e dadivosa
Sedente e esquiva é glamorosa e pura gazela
Traz os cabelos soltos ao vento, a bela donzela

Sonha com aquele que a admire e a corteje
Delicada menina-moça, tão linda e sorridente
E quer alguém que a leve pela mão e a deseje
Que a pressinta e cative com olhar envolvente

Parecia presa a um cordão tênue enluarado
Estava ainda envolta pela noite e trazia o dia
Libertando das trevas um espírito encantado

O momento parece onírico, fantástico e irreal
Uma cortina esvoaçante, bordada de harmonia
É a Alva cavalgando no corcel do tempo, afinal!

(Lourdes Ramos)

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Comentários

Belo soneto, amiga Lourdes!

 
Gostei muito.
 
Beijos.

Grata por seu comentário.

Excelente forma de ver o dia acontecer! Parabéns!