Perdido nestes monturos...

 Perdido nestes monturos...

 

 

 

Perdido

Nestes monturos

Que se estendem

Até à raia,

Escondo-me da vida

À procura do pão nosso

De cada dor!

Mas nestes monturos,

Tão verdejantes

Como desérticos,

Só encontro

O eco de mim mesmo.

Sonho a esmo,

Rios desordenados

Onde meus fados

Se ajustam.

E se perguntam

Onde está essa vida,

Outrora prometida

Em que estarias

Nos meus braços

E ambos nos abraços

Desse morfeu,

Que nada me deu

A não ser

A tristeza e a dor

De não merecer

Qualquer amor,

Nem mesmo o teu!

 

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