A(u)to de Fé...
Um mundo podia ver-nos,
que ainda assim não entenderia,
este amor que nos condena os corpos,
e faz a vida virar poesia...
Não quero se quer defender-me,
deste crime que cometemos,
mais vale viver amando,
do que sem amor nós morrermos...
Que nos queimem em praça publica,
que mesmo assim te vou amar,
porque só nas chamas do teu corpo,
eu me sentirei a queimar...
Não sei se é bruxedo ou não,
esta paixão que te tenho,
mas alegra-se-me o coração,
cada vez que em mim te desenho...
Se for coisa do diabo,
este sentimento que nos une,
que o inferno espere por nós,
do Amor não quero eu estar imune...
Podem apedrejar-me,
crucificar-me até,
que é em redor do teu corpo,
que será feito o meu auto de fé...
Me tirem tudo na vida,
até a vida findar,
que mesmo na morte eu hei de,
o teu nome declamar...
Ártemis