A fuga
Quando a noite chega invadindo as cidades,
Toda gente tenta fugir de si
Sobre as luzes artificiais dos bares em movimento.
Um copo, dois, um olhar perdido, um pedido no balcão -
- Seja rápido barman, eu ainda estou em mim.
Garotas vestem-se para competir umas com as outras,
Numa íntima batalha inquestionável.
Caras com cara de mau, só fazem mau a eles próprios – procurando as mulheres que nunca tiveram, procurando as mulheres que nunca terão.
E a fuga da humanidade continua noite afora e bebida adentro, e porque não mais outras drogas para perder o pensamento?
Ninguém é alguém quando sóbrio está.
Alguém é ninguém quando bêbado está.
As horas passam, os olhares se cruzam em silêncio.
Bocas trocam palavras procurando entendimento e conforto nessa imensa fuga da manada particularmente íntima..
A Lua brilha, os bares fecham, enquanto as almas vagueiam sem corpo concreto.
Solitários em si mesmos.
Comentários
Henricabilio
2ª, 24/03/2014 - 12:12
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Voraz é a multidão nos seus
Voraz é a multidão nos seus inúmeros
contrastes.
Belo poema!
Saudações!
_Abílio Henriques;
Pericles Moreir...
5ª, 19/12/2019 - 23:37
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belo poema parace uma canção
belo poema parace uma canção urbana. daria para musicar, letra de uma banda de rock