Por que Corremos Tanto?

Por que corremos tanto?
Como tantos,
Feito tontos.
Corremos da besta,
Feito bestas.
Corremos para não perder o ônibus,
Para mastigarmos menos.
Corremos para o óbvio
E para o que não conhecemos.
Corremos para o que muito sonhamos
E para aquilo que nem queremos.
Para o trabalho,
Para a briga,
Para algum descanso,
Para a escola,
Para ter abrigo,
Para o bar,
Para dar consolo,
Para a sorte.
Corremos do azar,
E bradamos:
Azar de quem não corre,
Pois fica pra trás.
Corremos para andar na moda,
Enquanto transamos,
Para darmos conta,

Traços do mesmo risco

Rápidamente vens-me à mente, e não sei quando vens,

De repente é para sempre, esta vida não são bens.

É o momento, é nascente, que corre entre a montanha,

Sol poente vai descendo novamente nova campanha.

Saudosismo é perigoso pois como uma nuvem acumula,

Chega, e estraga um belo dia com a sua triste chuva.

Mas nada é tudo, só metade, faz parte, e existe,

Tanto o Sol como a Lua são traços do mesmo risco.

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