A solidão veste o hábito

 

Agarrar-me a algo, não necessariamente a alguem, mas a alguma coisa.

Preservar enquanto posso, não a tua mão, porém o sentimento que carrega.

A solidão veste o hábito de se deixar ludibriar por qualquer intimidade.

Proximidade que observo à distância, tão longe de mim.

 

 

Efémera é a Vida

A vida é efémera…

Vamos transitando de estado em estado. Umas vezes mais engarrafado que outras, mas o movimento é sempre crescente.

A ideia de que caminhamos todos os dias mais uns passos para a morte não é totalmente falsa, mas é tremendamente desoladora. Como é que adicionando dias, experiências ou momentos que dão sentido à nossa vida podemos pensar que estamos cada vez mais perto da derradeira hora?

Para mim, que tento ser optimista na forma como olho a minha estadia aqui, não vejo que seja possível morrer-se por viver…

Zeu Sintetic

Deixa-me ser o teu Deus sintético 
A doença e a agonia divina 
A intervenção desumana 
Misturada na corrupção humana 
Deixa-me ser o teu criador 
O teu redentor, o químico sagrado 
Respira a poluição, abraça a ilusão 
Sê o espantalho nos meus dedos 
Do nascimento à morte 
Deixa-me ser o destruidor 
Aquele que consome os teus pecados 
Aquele que cria a tua prisão 
Aquele que te enche de terror 

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