o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Saturday, 18 November 2017as palavras florescem quando intento aprofundá-las através dos ínvios desejos que elas transportam ao executar os seus bailados nas cercanias da solidão.
Sintaxe da Vida
Autor: André Claro on Saturday, 18 November 2017
O verbo que se vive
É particípio do que nos move.
Até a conjugação de vida
Que se duvida
Do modo de outros homens,
Não se determina só pelo tempo,
Também por suas vozes.
E o que é mais importante
Para as pessoas singulares ou pluralistas
Do que a felicidade?
E para não ser muito adjetivo
Ou sindético, a felicidade plena
É aquela entranhada até os ossos.
E estranha-se quando a tristeza,
Que tem nada de subordinada,
Salta adversativa aos nossos olhos,
Não acha meio de partir,
Fica sintaticamente inamovível
Reflexão de Amor
Autor: Paulo Fernandes on Friday, 17 November 2017Reflexão de Amor
Não podemos controlar como nos vêm ou pensam a nosso respeito, mas podemos controlar atitudes e comportamento, a dificuldade está na compreensão da atitude em nossa direção que nem sempre a maldade é clara e objetiva, mas a bondade é irreplicável, transparente, incipiente por gratuitidade, objetiva e livre no amor
São simples atitudes da vida que conquistam, até um simples acenar de mão toca no coração e deixa feliz.
PFernandes
Pelo Furo na Parede
Autor: André Claro on Friday, 17 November 2017
Um furo na parede,
Por onde os outros
Veem a gente
Fazendo coisas
Que só quem está de fora
Surpreende-se.
A melancolia do meu velho
Amigo Atílio,
Que há 20 anos espera
Uma visita do filho.
A dona Marta
Que só fala duas palavras
O tempo inteirinho,
E a enfermeira que me lava
Como seu eu fosse um
Recém-nascido.
Saiba que eu sei que você
Nos espia por esse buraco lírico
Porque prevê e tem medo
De que seu dia chegue cínico.
A vida ensaie seu perecimento,
A morte se apresente saindo dos cueiros,
Assim que você adentrar