Poderá a existência ficar-se pela vã insatisfação, ou procurará a cheia plenitude?
Poderá o fim ser conclusão?
A tinta acaba: inquietude!
Existência,
Ficar-se pela simples experiência?
Pela palavra meia?
Vã incompreensão:
Insatisfação,
Ou o sentido tentará?
Procurará?
A linha direita do caminho:
Cheia!
Plenitude!
Poderá existência?
Meia!
A inquietude,
Ficar-se conclusão?
Pela insatisfação!
Ou caminho?
Cheia:
A plenitude!
Amizade
citada em incontáveis versos
seja em músicas ou poesias,
expressões triste ou de alegria,
citadas em contos, crônicas e novelas,
citadas em contos, crônicas e poesias...
Amizade
Uns dizem ser fantasia
uns dizem com toda a certeza
que não existe tal proeza.
Há quem já ouviste falar,
mas nunca um amigo encontrar,
perguntam a seus conhecidos..
- Tu vistes por aí um amigo?
- Amigo? Isso não é legenda?
Já ouvi em noites de lua cheia,
Como seria se a vida fosse diferente, mas sem deixar de ser?
Como é que seria então escrever?
Seria, sem sentido mergulhar?
Se as imagens não tivessem gente,
A língua teria que aparecer?
Vida?
Fosse então noutra medida:
Diferente,
Mas, na mesma, tudo abarcar,
Sem que o rumo fique indiferente,
Deixar,
De lado, quase resumida:
Ser!
Como mergulhar?
Seria escrever?
Vida!
A gente,
Fosse diferente!
Abarcar!
Mas resumida:
Indiferente,
poderá um pequeno, felino olhar ter toda uma grande cidade humana dentro?
Poderá abarcar?
Um animal no centro,
Pequeno, nada malino:
Felino,
Olhar,
Ter um brilho que emana,
Toda uma pose que invade pelas ruas adentro,
Uma vivacidade que nada abrande!
Grande:
Cidade!
Humana,
Dentro?
Poderá malino?
Pequeno felino?
Abarcar?
Centro!
Um olhar?
Ter adentro:
uma vivacidade,
Humana?
Cidade:
Dentro?
as garraiadas que transporto no pensamento originam fulgores que conduzem às utopias quando divisam os vocábulos que resvalam pelos aquedutos da criação.
Ela passa esvoaçando
eu apenas a olhar,
ela passa esvoaçando
sem ao menos me notar.
Ela passa olorante,
eu apenas a sentir
tão distante o seu perfume
como as flores de um jardim.
Tão longínquo ela passa
eu apenas a prezar,
num relance os seus olhos,
finalmente a me notar.
Num momento sempiterno
nossos olhos a cruzar,
ela passa,
ela passa,
seus cabelos a me tocar.
Dia a dia vou vivendo
todo dia a memorar,
vou vivendo alegremente
sem a nada me queixar.
Outrora tristonho estava
mas não quero recordar,
por que me queixar agora?
Isso posso protelar.
Agora não resta dúvidas
bipolar é minha mente,
outrora estava triste,
ora escrevo alegremente.
A tristeza me inspira,
assim como a alegria,
ora escrevo alegremente
e vou vivendo o dia a dia.
Outrora estava triste,
outrora ou todo dia?
