rumores essenciais
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 18 July 2017os requebros da angústia enaltecem as configurações delituosas mudando-as para uma rebelião capciosa quando os amplexos não suplantam a miséria de viver.
os requebros da angústia enaltecem as configurações delituosas mudando-as para uma rebelião capciosa quando os amplexos não suplantam a miséria de viver.
serão de ondas as viagens, mesmo as sem destino, ou de tormentas?
Serão gentes sem coragens?
De modos cheios ou vontades sedentas?
Ondas!
As marés sem ponta de clandestino:
Viagens!
mesmo que sejam apenas, rotinas, rondas,
As de cada um:presentes,
Sem nuvens coerentes,
Destino
Ou mergulhos de mar!
De a alvorada esperar!
Tormentas...
Serão coragens?
De ondas?
As viagens!
Mesmo rondas!
Clandestino
Presentes?
Sem coerentes!
Destino
Pela rua vagueia o velho mendigo,
Arrastando-se pelo chão,
Com a pesada bagagem pelas costas,
Ao som do pio do corvo e da coruja,
Triste, de coração na mão,
Com as lágrimas a escorrer,
Pelo enrugado rosto.
Hoje morreu o seu bem mais precioso:
A sua dignidade!
Vai de rua em rua,
Sôfrego e cheio de vergonha,
Pedir uma simbólica fatia de pão,
Para lhe matar a fome,
como será o próximo futuro, enquanto ainda não somos o nosso presente?
Como contará o passado?
Será?
O limite é ultrapassado,
Próximo é o que contará!
Futuro!
Enquanto o querer ainda é de apuro,
Ainda é feito de muita gente!
Não ficaremos pelo poderá?
Somos o que tivemos de ser,
O caminho é para percorrer!
Presente.
Como será?
O futuro?
O contará!
Enquanto apuro!
Ainda poderá?
Gente!
Somos ser,
O percorrer:
Presente!