Caminhar no meu Jardim...

Na relva molhada de um jardim imaginário persigo qualquer coisa não sei bem o quê...

Corro, corro muito canso-me, canso-me muito, é tudo tão demasiado é um cansaço do tamanho do mundo

Sem forças, desisto... Ando, ando devagar fazendo do caminhar o meu caminho

Não ganho espaço à distância, não fecho os olhos às coisas da vida para a vida não se fechar a mim

Consigo vê-la de frente, consigo olha-la nos olhos e quando me viro para trás, agora sim... ainda a vejo atrás de mim mas já não lhe sinto o fim

A aurora

A aurora

 

Ergue-se lentamente

A tela no horizonte

Uma cascata de luz

É derramado do céu

Cobre a fonte, cobre o mar

Cobre o verde do campo

E a terra vem abençoar

Num momento divino

A aurora transforma-se em dia

E neste manto de cores

Eu me visto de alegria

Desce do céu até ao mar

Uma suave neblina

Cai no horizonte

E prende o meu olhar

Paisagem pura, genuína…

Que deixa na natureza

Versos de adrenalina

Entre as brumas se reflecte

Sopra o vento na ilha

Sopra o vento na ilha

 

O vento sopra na ilha

Galopa como um cavalo

Do céu cai uma chuva celeste

Sobre o mar que habita em mim

Sinto uma explosão de sensações

Meu sangue ferve sob a pele

Um incêndio teima em afogar-me

Ai como sopra o vento na ilha!

Mas preciso desse vento

Para secar minha memória

Vejo labirintos de água

Que se diluem nas nuvens

Dentro de mim, só tu és bonança

Tudo desaparece antes de ser dito

Ai como sopra o vento na ilha!

Pages