2 de Escrita Livre

Textos em lixo? Arte?

Sim, um dia irei provar-te.

Passo todo o santo dia a julgar-te,

sem dizer nada a ninguém…

Cresce Duarte. Faz arte.

Tu mereces mais do que o comum tem para dar-te.

Ficas aqui, ou vens comigo a Marte?

Bem, almocei à pouco e não sei…

Pouco me apetece comer, pouco me apetece ser…

Pouco mais julgo que tenha de ver para poder dizer:

1 dos Escrita Livre

Sem sono, sinto-me um mono.

Queria ser um cão e ter a altura dum dono.

Não sei o meu QI nem como pronunciar em inglês wí-fí.

Tenho xixi e sou um monte de xixi. Tudo, mas nada vi. Tudo entendi.

 

Cerveja, bela e como seja.

Quente e depois duma lambidela do cão que a fareja.

Bolo com doce de cereja. Bom… Veja bem, veja.

Tudo o que o senhor quer, seja.

Um cão, aleija?

Pois a quem merece, morder ele deseja.

Esmagar o ar depois do chão, com o levantar duma cereja. 

Diversificados

Já nem sabia… sentir. Andei assim tanto a me mentir?

 

Como me ajudas a seguir, como o teu sorriso é tudo o que tenho a pedir.

Como me quero rir assim, mas sem ti, agora estou só a mentir.

Como és a única a quem eu quero pedir.

 

Como só contigo quero seguir.

Como me quero suprimir, para te ver sorrir.

Porque depois de perceber, agora a mim já não me sei mentir.

Depois de te ver por dentro e perceber o que está a acontecer.

Já não quero mais nada ver.

Já não quero ser, nem ler, cansei-me de tentar perceber.

tELEVISÃO:

Televisão. Televisão. Televisão…

A quantos moldas a opinião?

Quem ganha com a tua liberdade de expressão?

Será, sempre, a população?

Como pagas a quem produz a exteriorizada da opinião?

Quão livres são…

Os que têm o comando na mão?

E… Reconhecem que lhes molda a opinião?

E o comentador, tem liberdade de expressão?

E ao jornalista… E ao câmara man?

E ao argumentista?

São valorizados seus esforços e dedicação?

Cheira-me que não!

Acho, que és a imagem dos opressores desta…

Refrão para afiada canção

Cruzo uma beata noutro cigarro.

Um pouco farto da mentalidade associada ao charro.

Apetece-me o rachar o barro. O partir o prato.

Pintar toda a parede do edifício mais alto.

Dar o salto. O remar contra a maré. Bater o pé.

 

Abraçar um touro e gritar um muuuh acompanhado de pirete, para quem diz allez.

Gritar pelo Ronaldo, entender como ele o mundo vê.

Comprar um CD, desligar a comercial rádio, já cheira a chulé.

Allez, pró puto que veste diferente.

Allez, pró preto que se sente solitário.

Quem sou eu

De consciência limpa,
Sou um rapaz discreto
De palavras repleto.
Caminho e reparo,
Que nada sou.
Sei, que de alguém,
Sou sinal de quem já passou.
Pensamento do além,
Em mim, diversos
Alguém relembrou.
Ah! Confuso,
Não sei que mascara uso
Sou vazio com diversidades
Suporto a mente e mentalidades,
De quem sou e penso ser.
Quero ser eu!
Mas há quem já leu,
Que diz, quem sou eu!?

Nua

Rua brava mexe comigo,
O coração salta…
Está calor, e minha pele “engalinha”,
Meus poros ficam tesos.
Teu corpo baixinho, pele branquinha
Performance perfeita
Rabo coberto por farrapos apenas
Serena me rebentas.
Mudas em mim a moral.
O que eu penso não digo
Tem a ver contigo…
Não é nada nada de mal.
Em mim são 12h
Mastro alto em mares alheios…
É bom barco.
Navego em ti descobrindo seios
E tudo á volta sem rodeios,
Não há meios…
Por fim vejo bem de perto a lua,

Segredo

No livro da vida

A escrita é infinita

Com palavras bonitas

Mas as vezes, aflita

A letra escolhida

Se torna restrita

E fica escondida

Para não ser lida

E nem repartida

Para ser esquecida

Somente refletida

Para que não se repita

Que haja conquista

Nas coisas aprendidas

E achará a saida

 

Solange Pansieri

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