A Saída!...

Observando outras pessoas
Foi que eu consegui então, me observar. 
E me observando
Me perdi das outras pessoas
Mas encontrei o meu pensar... 
No meu pensar
Quis mudar!
Pensando bem
Não há nada 
Que eu não possa tentar.
Agradeço à corrente lúcida e comovida.
Um dia, talvez, eu pegue uma carona 
Nas suas piadas hipócritas
E cheias de ferida,
Mas hoje o meu riso é certeiro

Se tiver tempo...

Se tiver tempo...
 
Assim se foi a ausência
que mora em mim
despertei ontem repleto
de exclamações saciadas de esperanças
quando podia ainda vislumbrar
teu riso tão sincero
escancarado na vitrine
do meu olhar
e ali
estava eu, o menor de todos
sempre atento ao gosto
desvendado
de saber estar tão perto de ti
e ao mesmo tempo tão longe de nós
 
Às vezes pressinto 

SONHO

adormeci nos braços de um sonho
embalada pelas mãos de uma fantasia
lá morava o teu rosto risonho
que iluminava a noite com ousadia
caminhei por ruelas estreitas
onde ninguém conhecia a tristeza
só me cruzava com pessoas perfeitas
via nelas auras cobertas de pureza
perguntei a um anjo pela saudade

Medo de viver?

Quem se aprisiona
e escravo fica das coisas materiais,
mais tarde ou mais cedo acaba fazendo da vida
um produto vazio, impróprio para consumo
e no fim, quando chega ao fim,
de tanto zelo e medo de perdê-la,
não consegue mais viver
senão para as coisas materiais.
Por isso não tenhamos medo da vida,
tenhamos sim medo de não
lutar por nada... nem por ela! 
FC

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