ENTRISTECIDO
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Saturday, 25 October 2014Por que fogem os ares que respiro
E me sufoca este desejo intenso?
Por que eu vivo mudo em meu retiro,
Quando posso bradar tudo o que penso?
Em meu coração de amores sedento,
Nenhuma nota alegre preludia...
Eu sou de minha sorte um frio detento,
Sou quem caminha contra a ventania!
Se no confim celeste que me encanta,
Sequer um lume invoco descontente,
Afogam-se estes astros como Atlântida
De nuvens numa infinita torrente.