DO QUE TERIA EU SEM TI

“Cavalheiro, nossas diferenças são tantas, você tem tudo, e eu nada tenho. Nós pertencemos a mundos distantes que jamais se unirão”.
Essas palavras penetraram o coração do cavalheiro e o sangraram lentamente enquanto as águas corriam despreocupadas sob a ponte onde estavam.
A moça então virou de costas e começou a andar, deixando o cavaleiro com as lágrimas dele e cultivando a suas próprias. Contudo, pouco antes da moça sair da ponte onde estava, ela sentiu seu pulso ser firmemente agarrado, e então puxado para o outro lado da ponte.

Peço imensa desculpa pelos palavrões, mas não pude deixar de partilhar este texto....ao menos alguma coisa que mem faça rir depois de um dia de....

Delicioso, este texto! (adaptado)

caminho

Sente-se o caminhar
sobre ladrilhos dourados
despe-te, ama
entra, a chuva é intensa
vive, ama, amar-te-ei
no jardim, cravos murchos
pétalas caídas.
Leva-me, deixa-me navegar
posso-te amar, tenho-te
desejo-te, depois tudo passa.
Queria ser como tu
adorar-te-ei até ao fim
enfrentarei minha sombra,
serei alguém, viverei para
te proclamar, aconchego-me,
fogo crepitante, doçura

Ibéria

Fizeram-se incertas as dores
e improváveis as angústias,
pois eis que chega com a Lua
o gitano riso de Carmen
enquanto na terra
do fidalgo da Santa Transcendência
revivem nos versos de Lorca
os verdes desejos
da paixão renascida.

                    Para a Musa

Referências a Carmen de Bizet, Frederico Garcia Lorca e Dom Quixote.

especulação

Entras-te hoje nos meus domínios,
deusa de esmeralda, profanadora do oculto
Que ganhas-te? Que perdes-te?
Um mundo; a felicidade
Para lá do muro de coral
A sereia deusa do prazer
Tu mulher
sim,
tu mulher
Que me abafas o espírito
Que me atrocidas o coração
Juntos velejamos ao sabor de uma maresia húmida
Ideias
imagens de desvario
Antes
pôr do sol em teus olhos
Alegria

Ingratidão !

           Ingratidão !

 

Na tua voz, nada foi elogiado.

Sequer vi um  olhar de agradecido

Por tanto que fiz sem me teres pedido.

Ou p'lo que não fiz , quando merecido !

 

Fui pedra inquebrável...mas ferida.

Ou flor tristonha, frágil, delicada.

Quebrei longos silêncios...desolada.

Impedi tanta vez a  derrocada.

 

Quando olho p'ra trás, nem sei que vejo!!!

Doses absurdas de puro egoísmo !?

Ou esforços gratuitos d' heroísmo!?

 

Meu peito, guarda ainda o <tal> desejo!

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