Mas Ainda Vou a Tempo
Autor: António Cardoso on Wednesday, 23 April 2014Chego tarde à vida, mais ainda vou a tempo,
Não sei o que pensas, mas não para o meu pensamento.
Vou atrás do que quero, mas não consigo ver,
Chego tarde à vida, mais ainda vou a tempo,
Não sei o que pensas, mas não para o meu pensamento.
Vou atrás do que quero, mas não consigo ver,
Estão roubando o carteiro
Não recebi as cartas que eu esperava.
Estão roubando a carteira
Não comprei o pão para matar minha fome.
Estão roubando a bandeira
E até o pedestal!
Cadê a Polícia?
Entraram em greve.
O carteiro entrou em greve,
O gari entrou em greve,
O bombeiro entrou em greve,
O enfermeiro entrou em greve.
O que realmente precisa
É que o governo entre em greve!
O necessário faz-se tolo se preciso for
E as palavras comedidas podem sim poetizar
Quando é preciso há muita sorte no que for de seu azar
O que é vago faz-se pleno se repleto de amor
O que é mentira faz-se crer quando for dito com paixão
O que floresce também morre quando chega ao seu outono
O que é livre não conhece os poderes de seu dono
O que é concreto também dança se tiver inspiração
Cidade feiticeira
Se a natureza quis expor primor,
Com dias luminosos...cristalinos,
Noites de misteriosas neblinas,
Foi aqui, nesta cidade d'amor.
À borda do rio de correr vadio,
A brisa refresca...atiça paixões !
Brota sedução... Criam-se ilusões !
Ecoam suspiros...ais...d'amor sadio.
Mas é chegado ao mar que o belo se exalta !
Quando por fim, o sol vai declinando
E o mar, uma canção rumorejando !
Alfred BINET
1857 – 1911
O “Teste de QI”
“Eu não queria criar um método de medição... mas apenas um método de classificação dos indivíduos...”.
MEUS SEGREDOS
No meu anoitecer
Quando olho para o céu
Fico sempre a sonhar.
Procuro sempre uma Estrela
E com ela começo a desabafar!
Peço a ela que guarde todos os meus segredos.
Será bem guardado,ela responde num piscar!
Meus segredos podem ser reais ou fictícios;
concretos ou abstratos.
Mas meus segredos quero a Estrela confiar!
Estrela minha amiga vou te dar o código desta minha loucura.
Segredo...Podes guardar?
Nazaré Varella
Rasgo o céu como uma bala,
Sei lá para onde vou.
Poemas e retratos dentro de uma mala,