VERTIGENS DE UM AMOR SINCERO E VERDADEIRO
Autor: danieldenani on Saturday, 12 April 2014Queima-se a vida que há nesse meu coração
Na cadência de tua voz, onde nasce uma canção
Eu retomo a consciência contra tudo o que fez mal
CASA DA MINHA INFÂNCIA
Não nasci em cidade grande.
Sou mesmo do interior, Macaé cidade querida.
Minha casa foi construida ali, com muitos
sacos de cimento.
Meu pai fazia questão de bater a marreta
na parede da varanda.
E dizia : Veja como é firme nossa casa!
Eu ficava orgulhosa, porque aos meus olhos de criança estava protegida.
Meus pais já se foram.
Ah! Pudesse eu desfrutar a doçura
Da tua pele em minhas mãos
E do teu coração a frescura
No sussurrar de sonhos vãos!
Ah! Pudesse eu tecer um véu de ternura
Tão fino como da areia os grãos
E cobrir a tua alma numa noite escura
Atando-te em meus braços sãos!
Ah! Pudesse eu beber teus beijos
Como água deleitosa e pura
E derreter na tua chama os meus desejos!
Ah! Pudesse eu sentir na cintura
O calor e a firmeza das tuas mãos
Na quimera da minha loucura!
ANATOMIA DO POEMA
Silabas magoadas, embriagadas,
á solta no berço da ilusão
vogam livres, amaldiçoadas
Encurralado num beco escuro
ingero, frases sem sentido,
dúbio fragmento e desilusão,
mastigo letras que não procuro,
arde-me o sangue, esforço ignoto,
sou poço de febre, um lobo de fogo,
perseguido como um mártir devoto.
Como se tratasse de um jogo,
cospem, palavras seladas na obrigação,
em escrita boçal, sem sentimento.
Por onde andas musa?
é da poesia , que eu me alimento!
DUETO – Nereide /João Murty
ÁGUAS
O canto das águas
Águas mansas dos rios
Ou revolto dos mares
De mares bravios.
Águas mansas de meus olhos
Águas límpidas, águas puras
Matando a sede, lavando as dores
Molhando as flores, benzendo as juras
Na imensidão de um lago azul
Deitarei meu corpo, e minha mente
Qual uma folha sendo levada
Como um graveto, ou uma semente
Nereide
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Rio que corres cantando
Que lavas nas tuas águas
As mágoas do desencanto