sonho
Autor: Angela Caboz on Sunday, 23 March 2014sonho
sonho
O zoinho daquela mulé
Apois seu dotô, eu vou lhe contar
Fui pra cidade ôto dia comprá ração
No armazem dei de cara com uma luz, um clarão
Quase que eu ceguei de tanta ofuscação
Dois zoinho brilhante que acendeu meu coração
Era uma moça tão linda, atendente no balcão
Adepois de uma longa prosa ela pegou na minha mão
Quase que eu me mijo de tanta emoção
Me chamou prum armoço de família, numa grande reunião
Nois vamos é namorá, e já pretendo casá adepois do são joão
A Ilha, Eu e Tu
Eu sou uma Ilha
E tu também
Porque ambos queremos ser felizes
E as Ilhas aparecem sempre
Milagrosamente
Depois do nada!
Eu sou Ilha e tu és Ilha
Porque ambos temos definitivamente
Uma História
Feita de incompreensões e vontade
Segredos e silêncios
Amores adormecidos
Com a força do vulcão
E a verdade dos sorrisos ganhos
Na pureza das levadas!
Se tristeza tivesse
Sem sentir alegria,
De tristeza não viveria.
Se daí viesse mal algum,
Não nasceria de mim
Por não sentir nenhum.
Da tristeza, alegria faria,
Se só tristeza tivesse.
Cuidando bem dela,
Tudo seria alegria,
Se viver fosse com ela,
Também com ela morreria.
Estou perdido em ti...
	Perdido nos teus olhos de mel, acesos com o calor que nos rodeia,
	Desespero quando olhas para mim, fazes-me enlouquecer,
	Tão perdido, no fundo do nada com uma luz que me encandeia,
	Sou um medo de te perder e mais nada ter...
Estou perdido em ti...
	Tão profundo, tão escuro, não consigo dormir,
	Penso em ti, preciso de ti, sem pensar em mim,
	Estou sem forças, para lutar ou fugir,
	Deste sonho etéreo, desta batalha sem fim...
Estou perdido em ti...
Fomos na noite um rodopio de luz
	dançando na escuridão iluminada pelo desejo
	éramos sombras, fugazes, longas, transparentes,
	juntos reinamos na fuga à noite eterna...
	Éramos noite de luar que não terminava
	um eterno lusco-fusco de prazeres malditos
	um jorrar de sorrisos cúmplices e sinceros
	numa correria etérea pelas nossas ruas sombrias
Mas tu partiste...
Miss you...
És Poesia,
	Dança na noite esguia,
	Lampejo que perseguia,
	Amor que só eu via,
	Surtos de paixão que eu sentia...
	E quando já não te teria,
	Sem ti...desaparecia...
	Preenches-me sem demasia...
	Assim...como ardor que desafia...
	Sou teu...tua Poesia...
Boss
http://poemassemrima.blogspot.pt/2012/02/es-poesia.html
J. senta-se na mesa, puxando a cadeira gasta pelo soalho sujo...à sua frente, folhas de papel e um lápis mal afiado, roído dos nervos.
	J. pega no lápis, olha para a ponta e, a tremer, começa a escrever...
	O teu nome em mim ficou gravado
	Sem nunca ver a tua face verdadeira
	Rasgar-te esse sorriso perverso e imoral
	Destruir o teu rosto cruel, e afogar-te no teu fel
	És uma falsidade que o mundo não vê, e eu não consigo afastar-te