SABOREIA OS INSTANTES
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 2 March 2014
Dos instantes ditosos, céleres, saudosos
O sabor que fascina, que o tempo abomina,
Devagar vá sentindo antes que ele fugindo
Converta-se em saudade – a ferida da idade –
Que sangrará em vão quando a vil Solidão,
Seu reino levantar na mudez de teu lar,
Sem querer ser discreta ou, ao menos, poeta,
Mas aquela que varre teu riso, te amarre
Com seus acerbos braços, seus régios laços;
Mas aquela que chama qual funesta dama
Para ouvir esta fala em um canto da sala,
Que em sons anormais vai te dizer: - Nunca mais!