Tudo bem!

Meu bem, esqueça o que dizem

Não existe verdade absoluta

Absoluta és somente tu,

Nos domínios de meu coração.

Meu bem, não tenhas medo

As certezas não são certas,

Mas decerto que te amo.

E dizem muitos, que o amor mata o poeta

Mas cá estou, vivo

E não só vivo, me sinto vivo

Por dentro.

Meu bem, não te apavores

A única coisa que busco é teu sorriso

Teu riso,

E o teu sorriso é o meu sorriso,

O teu sonhar é o meu abrigo,

O teu viver, meu paraíso.

 

 

Alma (23-01-2014)

E, de repente, perdido nas malhas do tempo
Vejo-me tão longe do perto que já estive de ti –
Vejo-te vagamente, numa sombra dissipada, num lamento:
Sei que já estiveste em mim e que, um dia, te perdi

Não sei em que emaranhado sem nexo te encontras
Mas despontas, com elegância, na linha do horizonte
Onde o meu olhar, cansado, se lança e descansa
Embatendo nessa Luz forte e poderosa, defronte...

sussurrando

Não há prolongamento na vida, aceita
sei que só os outros envelhecem, convém
tive sorte, e furei as contas à morte,
sobrevivi, crescendo como quem acredita
que morrer fica um pouco mais além!
Quero morrer jovem e  com muitos anos de vida
quero ir ao baile de calças à boca de sino
juntar às cervejas duas noites seguidas
acordar fresco e do amanhã fazer meu hino.
Lutar em todas as bandeiras da justiça
dizer o que convém e fazer o que me apetece
obrigar-me  a marcar mais um golo noutra baliza

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