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Eu choro
Não por querer, por amar
Amar as coisas de que tenho medo
amar o ódio dos desumanos
Amar o riso dos idiotas
Amar o mar
O mar de lágrimas me desperta
Me desperta para o que sou
Sou humano
Sou pequeno
Tenho medos e desilusões
As chagas de um coração não se abrandam com beijos
Talvez com palavras, sentimentos
Tenho medo dos sentimentos
Tenho medo!

Eterno anelo

Eu não sei o que quero
Na verdade, nem sei quem sou
Mas sei que nada neste mundo pode se tão belo
Tão belo quanto os teus olhos negros
Negros como a escuridão do nosso futuro
Como o universo quiescente
 
E o teu sorriso me deslumbra
Sou preso a ele e nada me desprende
As palavras voam ao vento
Mas nos meus ouvidos não chegam
Estou preso e não vejo
E o teu sorriso
É o sol da minha galáxia

homens do fato escuro

a pergunta feita lança

chegara na madrugada

apontada à criança

que nascera desarmada

os homens do fato escuro

que até o olhar agride

estrangulavam o futuro

eram os gajos da pide

pelo pai lhe perguntavam

e a criança não sabia

as lágrimas não lhe chegavam

o pai voltaria um dia

muito tempo se passou

a criança já cresceu

o seu pai nunca voltou

disseram-lhe que morreu

agora voltam de novo

os tempos de amargura

hora de acordar o povo

já lá vem a ditadura.

homens do fato escuro

a pergunta feita lança

chegara na madrugada

apontada à criança

que nascera desarmada

os homens do fato escuro

que até o olhar agride

estrangulavam o futuro

eram os gajos da pide

pelo pai lhe perguntavam

e a criança não sabia

as lágrimas não lhe chegavam

o pai voltaria um dia

muito tempo se passou

a criança já cresceu

o seu pai nunca voltou

disseram-lhe que morreu

agora voltam de novo

os tempos de amargura

hora de acordar o povo

já lá vem a ditadura.

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