NON SENSE
Autor: neooneeon on Wednesday, 6 November 2013As estranhas entranhas das quais me referi antes
São apenas meros relatos de um sublime apocalipse
Tão sublime que enche o copo e transborda o vazio
E traça a taça que tasca a lasca
A sombra é parceira, o amigo é oculto
A luz é falácia, o brilho é obscuro
A música é bela e o piano é divino
O barulho é descompasso e o furor, assassino
Não há nada a dizer e nenhuma estória pra contar
Apenas a alquimia do pranto, do desencanto ao encanto
E seres que voam no céu em forma de nuvens
Em meu intimo
Autor: Clerton on Wednesday, 6 November 2013Em Meu Intimo
Os cães ladram lá fora
A solidão me atormenta aqui dentro
O ranger da velha arvore me assusta
Sentimentos confusos estão em minha mente
O amor se disfarça de ódio
A tristeza em felicidade
A ternura em maldade
A mentira em verdade
Tudo está confuso.
Metamorfoses ininterruptas do meu ser
As lembranças que quero esquecer
Por que não param?
Estou cansado
Preciso encontrar uma saída
Estou num túnel negrume, frio, fétido.
E minha luz, onde estás?
GOSTO
Autor: Arlete Klens on Wednesday, 6 November 2013GOSTO DO CHEIRO DE RELVA.
DE MATA MOLHADA...
DE GOTA DE ORVALHO,
MOLHANDO A CALÇADA.
GOSTO DE FOLHA CAINDO...
DE VENTO SOPRANDO...
DE CASA ASSOMBRADA!
GOSTO DO SOL DESPONTANDO!
DO RIO CORRENDO...
DA ESTRADA CHEGANDO...
Ao Sol escondio
Autor: Graca Mendes on Wednesday, 6 November 2013Oh, Sol que te escondes no horizonte
Porque me chamas-te um dia Lua
E hoje me queres como ponte...
Não sabes que a água corre pela rua!?
Oh, Sol que o Universo iluminas
Porque pintas-te o céu de cinzento
Não vês que assim não me animas
Quando os sonhos leva-os o vento!?
Oh, Sol que pela neblina espreitas
Beija profundamente minha pele nua
Quando de meus olhos saem cascatas...
Oh, Sol que em minha alma penetras
Não vês que eu ainda sou Lua
E teu nome se reduz a três letras!
Chuva Serena
Autor: Henricabilio on Wednesday, 6 November 2013[poema em redondilha maior]
A chuva que cai, serena,
lembra prantos da saudade,
misto dor/felicidade,
que não sendo total, é plena.
A chuva que cai, nervosa,
lembra medos camuflados,
pois todos temos pecados,
que nem são verso, nem prosa.
A chuva que cai, dolente,
lembra sonhos que tombaram
e, contudo, se infiltraram
na alma daquele que sente.
A chuva que cai, é chama
que alimenta a Terra-mãe,
fulgor que invade e contém
plasmas que a vida proclama.
05.11.2013, Henricabilio
Aqui
Autor: Maria Arlete on Tuesday, 5 November 2013Foi uma lembrança que me trouxe aqui
Como vento tempestuoso que de repente muda rota
Agita as águas , mudam as cores , revoltam o mar
Foi tua lembrança que me trouxe aqui
Com olhos esperançosos e marejados, ansiosos e saudosos
Dos nossos sonhos de velejar
Foi a tua presente ausência que me trouxe aqui
Naufraga de de tuas emoções
Depressão - Não se vê mas sente-se II
Autor: Maria M on Tuesday, 5 November 2013Pesquisava sem fim para saber que tristeza era esta... tantos livros que li, tudo batia no mesmo... Depressão...
Doia tanto cá dentro, querendo por vezes arrancar esta dor... pensava "Se isto desse para arrancar"...
Nada me confortava... nada me fazia sorrir, cada vez me sentia pior.
"Que se passa comigo?"Perguntava vezes sem fim, tinha que aturar nas minhas folgas do trabalho, massacres, pessoas armadas em grandes, isso ainda me deprimia mais...
Nova Mente
Autor: neooneeon on Tuesday, 5 November 2013Desce
Desce pela borda e mergulha
Novamente
Em uma nova mente
Líquida de palavras
E pensamentos aéreos
Prontos para pousar
Em outros aeroportos
Suspensos sobre cachoeiras
De emoções
Que preenchem o vazio
Com notas musicais ébrias
E totalmente racionais
Que fluem de uma irracionalidade atemporal
Que reside em sua mais pura e infinita
Gargalhada infantil