Quando me lançaste do teu peito

O amor que nos envolveu foi mais intenso
que as profundezas das luas infinitas,
divagando pelos tempos que se elevaram acima do deslumbramento.
Estrelas douradas enlaçavam-nos em encantos febris.
Quando me lançaste do teu peito,
sonhava que morria, tanta dor descia ao meu espirito num aperto azul profundo,
tão mortífero como uma espada afiada.
Quando me lançaste do teu peito,
numa brisa agradável a tua lembrança foi rasgada .
Assola-me agora a tristeza do céu-aberto,
onde a luz se passeia em mim como um quadro lapidado

“Ter ou não ter”

  

Há, no meu peito, um mar em tempestade;

Uma efervescência de vapores no horizonte…

Nos meus olhos, dois Mundos, uma saudade

Um licor precioso, bebido, de mim, como fonte;

 

Na minha garganta, seca-se a dor… Que me deixe,

Gritando em silêncio, a fúria que a voz encrava…

OLHOS BRILHANTES

OLHOS BRILHANTES EU VEJO,

SEGUIR- ME A NOITE NA ESCURIDÃO.

SINTO O MEDO INVADIR MINHA MENTE.

SUAR MINHAS MÃOS.

ESCUTO O PALPITAR DO MEU CORAÇÃO.

 

MINHAS PERNAS RECUSAM-SE A IR.

MEUS PÉS DE TEIMOSOS!

ESTÃO PREGADOS NO CHÃO.

 

OLHOS BRILHANTES ESTÁ PERTO!

O LUGAR É DESERTO.

MESMO ASSIM O MEU SER ,

RECUSA-SE A FUGIR.

 

ENTÃO QUANDO CHEGA ATÉ A MIM

EU DESATO A SORRIR.

ESTE MEU SER TÃO COVARDE.

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