Cantam Arcanjos

Tocam sinos de te ver chegar
Cantam Arcanjos a sua vinda
Jubilam as mãos que te querem pegar
Tua presença move e faz nova vida
No coração de quem te quer tanto amar
No teu seio achou-sé a alma perdida
E milagrosa felicidade vieste dar
Nesta data em que belo cantou teu vagido
Mudaste a vida de muitos, o mundo !

António Vicente Aposiopese

No tempo do poeta França

No tempo do poeta França

Poeta que é poeta arruma a rima, pinta, costura e borda um verso

Quem nem o poeta França que desarrumava a palavra dando um gole de cachaça

Dos poetas itinerantes, poucos versados ainda insistem na agonia da rima

Outros migraram pra boa vista e bebem cerveja num bar da esquina

Antecessores da melancolia dos guetos que davam vida aos fantasmas sem medo

Porém, e além, destilavam-se garrafas de segredos

Naqueles versos sem enredo, somente aos lúgubres era permissivo retê-los

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