Teus Óleos De Girassol

Teus Óleos De Girassol

Lindamente desabroxa o sol;
Em pétalas quentes e frias
E nas noites dos meus dias
Colher, vou teus óleos de girassol

Escorrendo vão correndo no lençol
Dos teus peitos que cantam
ousadias
De poesias que ardentimente
escondias
No segredo das tuas pernas de
anzol

Rios dos meus amores afogados
Desaguam nas colinas do teu
ventre
Contaminando os teus pescados

Amar incondicionalmente

Quem ama verdadeiramente não aceita tudo! 

Não aceita pelo menos o que sabe ser prejudicial

Não aceita que o objeto do seu amor corra risco

tome decisões que ponham em causa a sua felicidade

 

Amar é saber ser (amor) no momento certo

É saber quando abraçar

quando confortar 

é saber quando castigar

Sempre

Tudo

para bem do objeto do nosso amor 

 

Aceitar tudo não é prova de amor

é prova de fraqueza, fragilidade, covardia

Aceitar tudo é impedir que cresças

que te aperfeiçoes 

E eu viageiro de mim

E eu viageiro de mim…

Tenho pressa de não ter distâncias,
de me encontrar frequentemente
no remanso da minha mansidão.

A espontaneidade é que me guia
pelo imprevisto dos caminhos
rumo a uma qualquer direcção…

No tempo
no espaço
que traço
num frenesim,
cá dentro
no pensamento
num encalço
fora de mim.

Por sendas e veredas me comovo
num espanto de vida e de magia,
neste bem querer, de navegar…

TAL COMO O VENTO

Ouçam com muita atenção!

Vou dizer-vos sem rodeios

Que não sou nenhum Cavalo

Que se lhe mete os freios.

 

Sou livre tal como o tempo

Flutuo em alto mar

Tenho força, tenho alento

Tal qual, como o vento

Para montanhas derrubar.

 

Sou porém, cristal frágil

Que com cuidado se lida

Serei arrastão, serei ágil

Embora sendo um ser frágil

À DERIVA

Ó vento que insistes

Em soprar em turbilhão

Não leves nas tuas asas

A essência da razão.

 

Ó chuva impiedosa

Que alagas a nossa calma

Não arrastes nas tuas águas

A génese da nossa alma.

 

Ó mar imenso, imponente!

De vagas tão grandiosas

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