MINHA ALMA
Autor: Valdemi Cavalca... on Tuesday, 4 June 2013MINHA ALMA
MINHA ALMA
Da janela
Prédios e trilhos
Buscam sentido
Absorver o sol
Ou a frieza do asfalto.
Passando
De metro
Os olhos
Cabeças baixas
Sonolência
Ouvidos atentos
Violência.
Estações
Da nossa história e de vagões
Nem só de felicidade se brinda
Mas também por ter vida.
Se mais valesse cá a arte,
como petróleo, mercúrio, ouro;
prata e diamante.
Cantaria em coro,
p'ra Céus, Vênus e Marte;
mas por mais que faça em belo
choro,
Que poete, poetize ou cante
Em África, nenhum mal espante
António Vicente Aposiopese
Saturação
Quando atinjo esse ponto
já não há nada a fazer
Por muito que o meu corpo permaneça neste mundo
o meu espírito foge para outra dimensão
Como vive um corpo separado do seu espírito?
O que o faz mover?
Para que se move?
A carne por si só
de pouco vale
Quero experimentar,
O seu carinho.
Quero sentir,
Tua presença em meu caminho.
Onde o prazer de namorar,
Tem o seu encanto no olhar.
Pois namorar,
É algo que vai muito além.
Nessa cumplicidade,
Do amor também.
Namorar,
É ter alguém para amar.
E viver esse sentimento,
Em todo lugar.
Namorar,
É identificar a sua existência.
Namorar,
É se envolver se emocionar,
E até chorar.
No ato de namorar,
O deleite da vida.
Que nos permite,
Ver tantas coisas envolvidas.
OLHAR DE NAMORADO
Basta um olhar de compreensão,
Que cada pretendente tem a sua declaração.
No envolvimento a dois,
Sem deixar nada pra depois.
Onde o gosto de namorar,
É como o dia feito pro mar.
Nesse anseio de carinho,
De ter você bem de pertinho.
Onde o amor acaricia,
No luar de toda poesia.
Nesse prazer de quem ama,
Onde o coração acende a chama.
Navegar é preciso dizia o poeta luzitano, concordo, pois meu barco quer zarpar
Ao navegar é preciso seguir as correntes, muita atenção a direção dos ventos
Como navegante atrevido que sou, recolho minhas âncoras e deixo o cáis
Tempestades sei que viram, recolho as velas, aciono motores, sigo a bússola
Quantos mares singrarei em busca de mim, atravesso oceanos intermináveis
Golfinhos a direita, baleias no horizonte, cardumes seguem minha rota
Uma vez em alto mar, todo cuidado, pois, navegar é preciso, dizia o poeta luzitano.
Charles Silva