Nuvens Negras
Autor: Renato Laia on Friday, 10 May 2013Sinto-me
como o tempo:
Cinzento
e nublado.
Só me apetece
chover...
Sinto-me
como o tempo:
Cinzento
e nublado.
Só me apetece
chover...
De tempos a tempos, quando não sempre,
Invade-me o corpo um impiedoso amor
E transborda pelos meus poros,
Materializa-se em grossas lágrimas,
Cristalinas da mais pura mágoa,
Em suspiros e tremores de alucinado,
Sintomas de não ser, em retorno, amado.
Sinto-me tão cheio.
Tão vazio.
Não sei...
Queria rasgar o meu peito
e libertar o que cá dentro mora.
Oprimido deste jeito
não duro mais uma hora.
Ouvi dizer que
de desgosto também se morre.
Meu coração já nem bombeia
o sangue que em mim corre.
[ou corria]
MONTANHAS
Quando alimentamos mais a nossa coragem, nossa fé do que nossos medos...
Passamos a derrubar montanhas, muros e a construir pontes!
Autora: Madalena Cordeiro
A VACA E O BOI
Era uma vez um casal.
Que não tinha nenhuma rede social.
O cavalo e a Égua, a vaca e o boi, mas...
Viveram felizes para sempre!
Autora: Madalena Cordeiro
CORAÇÃO FERIDO
Oração, melhor ter marcas nos joelhos do que ter feridas no coraçao!
As marcas nos joelhos não dói.
Mas as feridas no coração só Deus pode curar!
Mas se você orar e os joelhos marcar...
Deus vai te curar!
Autora: Madalena Cordeiro
Qual é a sua
Não te entendo muito bem
Um dia tu me amas no outro me odeias
Um dia sorri e no outro não estas nem aí para mim
Um dia amores no outro, horrores.
Não entendo minha querida por que eu me apaixonei
Talvez tenha sido teu jeitinho de burguesa que me atraiu
Preferia, porém, não tê-la conhecido,
Pois perto de você fico eu desguarnecido.
Queria saber o que passa em tua mente
Às vezes pequenas parolas terminam em grandes verberações
Qual é a face humana que realmente se mostra?
Aquela que se escancara em um fingido sorriso?
Ou aquela outra que se enruga em profundo ciso?
Qual merece crédito quando na face se prostra?
Sim, porque se escondemos a nossa dor nas risadas
Apenas para que de nossa dor ninguém mais saiba
Também escondemos a alegria para que não caiba
O escárnio e a indiferença de canalhas disfarçadas.
Ri coração, escarnece de ti mesmo, triste palhaço
E tira, inda que seja à força, de sua fria mônada