ORAI

                                          ORAI

Óh! contados para o Reino dos Céus vigiai!

Óh! contados vigiai!

Óh! contados pro Reino dos Céus orai!

Óh! contados orai!

 

Autora: Madalena Cordeiro

 

 

O ECO DOS MEUS PASSOS

 

Ouço o eco dos meus passos…
Num caminhar solitário

E sereno
Ouço o meu querer…

Querendo
Num sussurro leve e doce
Sinto as entranhas...
Fervilhando de emoção
Num turbilhão de sensações
Indescritíveis…
Ouço o coração a bater…

Desordenado
Sinto os meus sentidos...
Sentindo
Embriagando-me
No torpor das emoções
Ouço o eco dos meus passos…
Dentro de mim.

 

Mário Margaride"GIL60"

QUANTAS VEZES, QUANTAS...

 

Quantas vezes, quantas…

Nos colocam muros e barreiras

Quantas vezes nos mentem

 

Quantos amores se perdem

Antes de os encontrarmos

Quantas vezes, quantas…

 

Quantas vidas destruímos

Quantos desgostos choramos

Quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes encontramos

Olhares que nos fitam, que sorriem

Quantas vezes, quantas…

 

Quantas vezes os ignoramos

COM AS MÃOS

 

 

Com as mãos…

Criamos a realidade

E a fantasia

 

Com as mãos…

Damos carinho

E alegria

 

Com as mãos…

Se lavra a terra

E se faz o pão

 

Com as mãos…

Construímos muros

E a prisão

 

Com as mãos…

Se cria pobreza

E ostentação

 

Com as mãos…

Se causa a dor

Viver como um animal

 

Viver como um animal

 

Queria ter nascido animal,

Para não ter noção

De presente, passado e futuro.

 

Animal vive o presente.

Quando está com fome, está com fome.

Quando está triste, está triste.

Quando está feliz, está feliz.

 

Ser homem dá muita “febre”.

Queremos usar do passado,

Para um dia fazer história,

No futuro.

 

E o presente?

Esquecemos,

O “fazer a história”.

Queria não me preocupar com tanta estória.

 

O que é o amor platônico?

 

O que é o amor platônico?

 

Oh homem de ombros largos,

Sei que aqueles que te invocam

É porque estão em falta.

Não porque sentem sua falta.

Mas porque estão carentes,

Sofrendo, perdendo,

Ardendo com o fogo

Interno,

Eterno.

Seus corações batem

Como os dos pássaros acorrentados.

 

Oh homem de ombros largos,

O tempo passou,

E suas reflexões continuam fazendo partos e contratos

Com as almas que buscam vida.

 

Pages