O vento das cinzas
Autor: Reirazinho on Monday, 30 May 2022Até quando os ventos me jogarão?
Não tenho ideia ao que leva isso
Prostro mais um dia — clarão:
Estou cego pela mentira. Omisso,
Não da vida ou da sorte incerta;
A dona da tempestade bruma,
Dos júbilos da majestade serva
E Rainha da rosa murcha:
Senhorita Morte me regojize
Um último desejo material:
Incinerar meu corpo que exprime
O melodrama da vida lacrimal.
Minha existência voará ao poço
Pareidolia
Autor: Reirazinho on Monday, 30 May 2022Vejo sombras nos arames
Tateio enforcamento na luz
Querem costurar meus ossos
Sob os pecados da carne
Pisco uma ou duas vezes
E lá fito Saturno encarando
Sou tão megalomaníaco
Que acredito ser um lunático
O Deus dos fins a violar-me
Quem dera se fosse real
Deve ser a autoconfirmação
Da minha virtude desleal
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Sunday, 29 May 2022podem os usos teimar para que eu seja um serviçal que eu assumirei a têmpera dum lidador para que os méritos disformes que fervilham na vida sejam combatidos pelos meus bramidos poéticos.
CREPÚSCULO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Sunday, 29 May 2022ORAÇÃO A JULIANA KNUST
Autor: DAN GUSTAVO on Sunday, 29 May 2022poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Saturday, 28 May 2022rejeitemos a vida quando o seu linguarejar burocrático nos ludibria com os seus oásis redentores; ou quando a falua do amor naufraga pretendendo harmonizar o que é discrepante.
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Friday, 27 May 2022deixo que os vocábulos sintonizem uma solidão que se prolongue até ao raiar da misantropia; e que introduzam na minha alma uma fulgência que pressuponha as viagens desalinhadas que efetuei.
A frase que enforcou-se
Autor: Reirazinho on Thursday, 26 May 2022Cuidado ao proferir uma frase
Isso pode soar como uma fase
Da vida ou circunstância,
Mas uma pretensa discrepância
Pode enterrar um sonho
Genuíno que componho
Nos detalhes de cada linha
Habita uma estrela que tinha
Não só galáxias, esperança:
No meu universo sem matança
(...)
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Thursday, 26 May 2022trago na ideia os relatos da minha juventude quando entoo cantigas que investem contra a muralha dos antagonismos; quando amplio a liberdade deferida pela minha imaginação; quando apaziguo a minha existência sobressaltada.