Cede a Filosofia à Natureza
Autor: Bocage on Friday, 23 November 2012Tenho assaz conservado o rosto enxuto
	Contra as iras do Fado omnipotente;
	Assaz contigo, ó Sócrates, na mente,
	À dor neguei das queixas o tributo.
	Sinto engelhar-se da constância o fruto,
	Cai no meu coração nova semente;
	Já me não vale um ânimo inocente;
	Gritos da Natureza, eu vos escuto!
	Jazer mudo entre as garras da Amargura,
	D'alma estóica aspirar à vã grandeza,
	Quando orgulho não for, será loucura.