Intervalo
Autor: Fernando Pessoa on Monday, 12 November 2012Quem te disse ao ouvido esse segredo
Que raras deusas têm escutado —
Aquele amor cheio de crença e medo
Que é verdadeiro só se é segredado?...
Quem te disse tão cedo?
Não fui eu, que te não ousei dizê-lo.
Não foi um outro, porque não sabia.
Mas quem roçou da testa teu cabelo
E te disse ao ouvido o que sentia?
Seria alguém, seria?
Teus Olhos Entristecem
Autor: Fernando Pessoa on Sunday, 11 November 2012Teus olhos entristecem
Nem ouves o que digo.
Dormem, sonham esquecem...
Não me ouves, e prossigo.
Digo o que já, de triste,
Te disse tanta vez...
Creio que nunca o ouviste
De tão tua que és.
Olhas-me de repente
De um distante impreciso
Com um olhar ausente.
Começas um sorriso.
preconceitos falidos
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 18 March 2025recuo até aos meandros duma ligação que me traumatizou; que me manteve quezilento numa farsa impugnada pelo meu desejo de amar; pelas mágoas que geraram os meus protestos exacerbados; pela minha impetuosidade caloira.
Alguém...Ninguém
Autor: Maria Cristina ... on Tuesday, 18 March 2025O sino
Autor: Maria Cristina ... on Tuesday, 18 March 2025preconceitos falidos
Autor: António Tê Santos on Monday, 17 March 2025coloro aguarelas com quimeras que pulverizam os escolhos que me torneiam; que navegam por rios de ternura que expandem a minha poesia; que sinalizam os meus desejos mais prementes.
preconceitos falidos
Autor: António Tê Santos on Monday, 17 March 2025as profusas lágrimas que eu verti nas querelas que me cercaram tentando decifrar as suas razões; os seus obstáculos cortantes que me feriram a alma; que me perturbaram a sensatez martirizada por tantas arremetidas.
preconceitos falidos
Autor: António Tê Santos on Monday, 17 March 2025tenho o apuro dum poeta maldito que se guinda a uma serrania escarpada para resolver as suas angústias; para acabar com as vertigens que proliferam no recetáculo das suas ilusões; para diluir os seus conflitos no mar infindo da harmonia.
preconceitos falidos
Autor: António Tê Santos on Sunday, 16 March 2025os fardos da vida justificam a náusea que por vezes influi na minha existência de poeta: nos inusitados temas que concebo para desdobrar as minhas análises; nas lembranças dolorosas que emergiram da minha solidão.