O Poeta e o jardineiro

A poesia é como as flores
O jardineiro hábil tem paciência
Cultiva cada palavra com persuasivo sentimento
Neste canteiro que a vista não alcança
Cores, formas, aromas e também dramas
Milhares de palavras que louvam o amor ou a dor…
Em toda parte este jardineiro tenta semear
Conhece a melhor estação
E sabe que a primavera é graciosa
Das pétalas faz uma colcha de retalhos que
Cobre os amantes enamorados
Enaltece o amor

Oceano

O oceano  onde me prende e distrai
Os de águas claras é santíssimo
Nem um pingo me vê benquisto
É no oceano profano, o que me atrai

Lanço me ao mar em longas braçadas
Sem perder o apetite alegre pela vida
Levo  em consideração a felicidade esquecida
Em derradeira tentativa sofrida,  lançada

O amor distante em águas passadas
Fui romântico na boemia anterior
Pra romântico nato, esta vida é antiquada

Pages