Para onde.

             Onde minha alegria está?

            Eu pergunto e ninguém responde

            O meu vestido de tafetá

            Me diga onde?

 

           Olho os cantos, olho o céu

          Percorro o caminho inverso

          Tão distante há um véu

           Cobrindo todo o universo.

  

            Abraço o vento

            Sinto o orvalho da manhã

            O poema que invento

            O perfume das flores e, das maçãs.

 

    Nereide

 

 

 

A Geleira

Transpasso paredes aparentemente intransponíveis
Quem me dera que fossem corações
Ouço, mesmo na mudez da minha fala e ações
Quero de volta o amor que tornaram indisponivel.
 
 
Geleira do continente, a grande tristeza particular
Viver de divisas anulações, sangrar e não morrer!

Quando Deus e o Diabo Dançam

Entre Ásculo e o sal próprio à Taprobana,
Um corvo na penumbra que remonta     
Ao lúgubre, insalubre da reponta,
Num tecto falso fiado a filigrana.

Volteia a valsa entre pírrica e cadmeana,
Como se em Lynch, a heurística desponta.
Na bandeja, a cabeça salda a conta
Que jamais La Palisse olvida ou sana.

Fragmentos

Fragmentos

 

Sou vitória-régia que se debruça

Sobre lençóis rasos de (m)água

Entre brotos secos aquáticos

Entre secas flores.

 

Sou estrela pulsante que dardeja

No infinito completamente pura

Uns veem a parte que pulsa

Outros sentem a parte que lateja.

 

Sou desejo que murmura

Que sobre a segunda pele respira

Segunda pele de outras mágoas

Segunda pele em meio a fissuras.

 

Só não sou seu par

O ramo de sua raiz

Pages