OUTONO MEU

O espelho lembra-me
Todos os dias que a maturidade
Caminha connosco toda a vida
Que nos permite olhar a vida sem ilusões 
E aceitar o sofrimento com mais tranquilidade 
Fazendo dele a prioridade no retorno com carinho 
Como um investimento repleto de luz interior
Na minha velhice anunciada outono meu.

CALO-ME MEU AMOR

Calo-me com as palavras que tento ler-te
Embebedo-me nas letras que vou escrevendo
E é pelo teu amor que vou ficando louca
Tu roubas-me a lucidez quando a tua boca
Apodera-se dos meus seios já embriagada 
Pelas palavras que me turvam os sentidos 
Quando escrevo uma prosa de nos dois 
E me sinto seduzida deste prazer da escrita 
Num corpo desejado o teu de tantos gemidos nossos
Cala-me outra vez que eu preciso
Nesta ébria poetica onde me deito contigo

MEU AMOR CALA

Cala a minha alma
Como quem cala a minha boca
Que ao calar o meu segredo 
Cala também o meu coração
Na solidão dos desejos
 
Cala o meu instinto animal
Neste calar de expressar 
Calando a dor que sinto
Que me queima este meu calar
 
Cala todo o meu corpo
Que de tanto calar geme sozinho
Das saudades tuas deste meu calar
Que grita calada por ti 

Paz

         

 

         A paz esteja   em ti.

         A paz esteja em mim.

         Eu quero a paz.

         A paz da nuvem calma.

         A paz do céu azul.

        A paz do mar profundo.

        A paz do mundo.

       A paz do teu sorriso

       A paz do amar infindo.

 

Nereide

 

 

 

 

 

 

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