SOU O MEU PRÓPRIO

Sou o meu próprio carrasco
Despojada de palavras lidas
Num livro jamais escrito
De sonhos gigantes 
 
Nos confins da alma
Fazendo dos nãos talvez sins
Limites de alguns instantes
Letras cativas de solidão
 
Busquei na procura das virgulas
Perdidas dos que se desejam
Nas carnais sensações que despertam
As palavras despidas de desejo
 
Carrasco de corpos sôfrego de letras

Atuação


Senhor
perdoe as minhas intransigências espirituais
no papel de humano...
Humano,humano mesmo...
Não desejo o pecado que passa e deseja ficar para
enfraquecer  minha coragem de aprendiz
Peço ainda que ajude minha fé adormecida a acordar !
Senhor, me ajude a ter sangue frio
Nas veias em ebulição...
Por favor, além das bondades já concedidas, a mim
Na estadia singela da incompreensão gigantesca que também tenho

VIDA_AMOR

Vida perdida 
Esquecida sem norte
Asa ferida
Amor sem porte
Morte sentida
Numa vida sem sorte
 
Não tenha medo de amar
Para deter a sua insanidade 
Fora do seu coração
 
 
Há amores que ficarão
Agarrados na nossa pele 
Para sempre 
 
 
Há dias assim 
Que deixo o desanimo 
Tomar conta do meu coração

SOU UM SER

Sou um ser, um verme que cresce
Dentro do ventre de minha mãe
Sem alma, sem coração, sem sentimento
Sem palavras que o vento tenta calar 
Ferozmente enquanto se ouve o uivo do lobo
No alto da serra onde tenta sobreviver
Sou talvez um sombra que o nevoeiro tenta cobrir 
Sou uma viva alma do coração de alguém
Que bate com força sem saber porquê
Sou um verme nascido do ventre de minha mãe
Um ser com força, coragem e vontade de viver

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