Releitura!

Sim, li você.... interpretei
li mais uma vez... numa outra noite
na inquietação da madrugada
de manhãzinha, após uma noite insone
Não posso perder-me em sonhos
me mantendo acordado, transcendo
mas preciso dos meus delírios
dos devaneios mentais
São eles que me inspiram, a escrever
a ler e reler as tuas linhas tênues
aos impávidos seres que habitam
cada uma das curvas que dão equilíbrio
dão a exata dimensão onde estou
Me mantem com os pés ao chão
mas transito entre o sagrado e o profano

O futuro

Não cultivar o falso trigo para o futuro
Será sem grandes expectativas, a era é incerta
Viver o hoje porque o perverso caminho é duro
O futuro dorme para os justos e o joio desperta

Não planejar antes desfrutar do santo pão
Não fugir antecipadamente da abençoada luta
Apagar o passado de trevas, caminhos de ilusão
Soldado revestido de bravura e fé, fiel conduta

Não desejar antes, o mundo mal vencer
Pois soldado despreparado e desarmado
Na batalha pode não ter sorte e morrer

Zé-da-Burra...

Por alguém de sua terra,

(Beirão de nomeada)

E que é nosso colega,

Me foi esta história contada.

 

E por tanta piada lhe achar,

Registe-se aqui “Ti’ Cabrito”,

Já que apenas vou contar,

O que por ele me foi dito.

 

Do Zé-da-Burra, a história;

Ouvi um dia contar.

E para que se guarde sua memória,

Versejando a vou narrar.

 

É esta a história do Zé da Burra,

-Seu conterrâneo afamado-

Para outros Mama-na-Burra,

Como então era chamado.

 

Canto...

Os poemas de amor e os de dor,

São dos mais escritos pelos poetas.

Que os pintam a todos da mesma cor;

Uns com linhas curvas outros com retas.

 

Queria escrever quadras e canções.

Escrever qualquer coisa divertida.

Um poema que alegre corações...

Um poema que celebre a vida.

 

Misturando todo o tipo de linhas.

Retas e curvas tuas, com as minhas.

Usando tintas de todas as cores...

 

Que negro bastante já tenho em mim;

Porque me hei-de castigar mais assim,

O tempo

Qual tempo promove entendimento?
Qual melhor tempo para se viver ?
Doravante
Sejamos
De uma ultilidade anonima
Pequenos e de grande serventia
Sejamos simples
Lavemos aos poucos
Nossas vestes angustiantes
E  façamos aos poucos
A purificação de nossas desordens.
E perfeitos continuemos nossa  jornada.

 

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