Aldeia

Na aldeia há fantasmas
Tradições e nostalgias
Bolos cobertos de raspas
De laranjas p'rás alergias

Há isolamento ao sol
Trabalhos da terra
Corridas de caracol
E a madeira se serra

A aldeia tem sabores
D'onde vêm os vinhos
Ecos de todas as cores
Ninhos de passarinhos

SONETO NÚMERO 63(CARDÍACO)

Coração... e essa 'mania de sofrer'!
De tão rapidamente se entregar
E dessa mesma forma se 'empolgar'...
Tudo pra no final se entristecer!
 
Que gosta de aventuras embarcar...
Terras que não se pisa, conhecer
Das próprias decisões se arrepender
E se em paixão cair, logo sangrar!
 
Que morrendo de amor ainda bate...
Naquele sentimento ainda vivo!
E que suporta ainda que o maltrate!
 

Acredita, sim?

Subjugado por um raciocínio
Do qual julgo não ser escravo,
Esconde-se no arbusto o domínio
Esperando o falso do meu passo.

Há uma cadafalso que espera por mim

Não escolhendo os sonhos, escolherei os danos
Mesmo achando que não os escolhi.
Culparei o outro por me estragar os planos
Mas o difícil é acreditar que sim.

Todos os dias são a pressa
Que temos quando não nos olhamos.
É difícil manter a chama acesa
Sem nos incendiarmos de enganos.

Há um engano do qual me perdi

Atualidade

Atualidade

Hoje, não desejo me encontrar
Com todas as ruas da minha infância
são ilusórias há algum tempo!
A padaria já não produz um pão quentinho
pois o imóvel deu lugar
a um imensurável arranha-céu
antes não fosse uma narrativa atual, sincera

O CONTRAPONTO DO PONTO CARDEAL

O CONTRAPONTO CONTRITO DO PONTO CARDEAL

CONTRAI O SISTÊMICO ÓCIO DO POLO NORTE

O CALCANHAR DAS CADELAS ANÊMICAS

CORRÓI O OSSO DO ANTÍLOPE ABATIDO

OS CANTOS DOS LÁBIOS DA TENOR LÍRICA

SUSPIRAM POR BEIJOS NÃO DADOS AINDA

VOLTA E MEIA VEJO E ANSEIO

O PUDICO SEIO DESTE VENTRE

Pages