Às armas!

Desapeguei-me de catarses e eufemismos,
Das metáforas e sonetos, rochas num caminho
Ondulado designado a ser direto.

Faço-me justamente pelos meus punhos
Cobertos de vontade e desejo
Por um novo amanhã que acreditei não vir.

Se por dor não travo, por desaforos menos ainda,
Pois se a mim mesmo consegui sobreviver,
Nada é digno de me parar na demanda de te ver!

O DOCE PALADAR DO VOO

#usa #europe #asia #poeticastronomy #poet #writer #insiste

"A SIMETRIA DAS ASAS E O VOO DAS ESTRELAS"

by Fernando Antônio Fonseca

(Poeta de Belo Horizonte-MG / Brasil)

/estrelas são asas de neve

que resfriam o céu dos incêndios/

/transbordam-se em tênues overflows

povoando o silêncio dos totens/

/acalmam a engrenagem do cosmos

e penetram o âmago do voo/

/coreografia de um ballet simétrico

que fecunda as artérias do amor/

Mãe

Mãe

Eu era dependente do rio que secou
Em noites frias, a fogueira me confortava
Hoje, uma multidão de espectros observam
E poluem a minha mente com sentimentos vazios!
A minha vida agora é um quadrilátero pequeno,
Uma sala de aula, e eu somente de aluno
E na lousa, escrito com giz frio:
Eu te amo.

pudera eu ter tempo.

bendita és tu
corpo belíssimo
mulher da noite numa canção de Venturini
quiseras ter vc em mãos
mulher dona da noite
vestes um vestido vermelho
porque ?
saiu a está hora
rua augusta acabou de acordar
vende teu corpo a quem possa comprar
fria é a tua noite
bendita és tu
menina mulher da pele preta.(jorge ben)

Aldeia

Na aldeia há fantasmas
Tradições e nostalgias
Bolos cobertos de raspas
De laranjas p'rás alergias

Há isolamento ao sol
Trabalhos da terra
Corridas de caracol
E a madeira se serra

A aldeia tem sabores
D'onde vêm os vinhos
Ecos de todas as cores
Ninhos de passarinhos

Pages