Noite de luar encoberto
Autor: Egas de Souza on Sunday, 10 August 2025Numa noite tão obscura e empoeirada,
Almas desoladas fazem casa nos prazeres
Pecadores das velhas ruas de sombrios ruídos
E dramáticos afazeres desgostosos.
Perdido neste inferno tão saboroso,
Inquieto e isolado estou, claustrofóbico,
Já que de tanta gente vagabunda no mundo,
Nenhuma se esforça para entender o vazio.
Mas eis que me vem uma familiaridade,
O olfacto captura uma memória terna,
E no instinto eu atuo, recebendo o presente
De quem decidiu fazer-se alguém a mim.
Lembranças do Ferrorama
Autor: WILSON CORDEIRO... on Friday, 8 August 2025 O tempo colapsou de diversas maneiras:
eu não tive "Ferrorama" na infância
mas percebi que estava entrando na fase das maiores responsabilidades
que não havia mais tempo para brincadeiras
a viagem da vida às vezes é pelos trilhos
outras vezes por estradas áridas e dramas
vou ser ilógico
num espaço de tempo
meteórico
vou trazer instantaneamente quase todas as
ruas asfaltadas de minha infância
prefiro salvar a história até quando o juízo permitir ou pelas
cartas do fantasma do passado
Epitáfio
Autor: Female Rebel on Friday, 8 August 2025Há dias em que meu quarto não tem porta
Não desejo ir para lugar algum
Seria bom ter opção mas não tenho
Às vezes me pego questionando
Será que vou morrer aqui dentro?
Sufocada pelo o que não foi dito
Raramente eu abro a janela
Não me sinto muito confortável com a luz
É brilho demais para os meus olhos cansados
Quando eu nasci
Autor: Maria Manuela F... on Tuesday, 5 August 2025Agora sou eu e a saudade!
Autor: Ana Duarte on Sunday, 3 August 2025Uma nova aurora
Autor: Egas de Souza on Saturday, 2 August 2025 Levantem-se os céus em azulada aurora,
Banham-se as nuvens das novas vontades,
E enquanto o mundo ainda dorme
Salta do leito do descanso uma bela vista.
Dou graças por ainda poder descansar
E saber que posso relaxar.
Aguarda-te o renascer da rotina
Numa paisagem que nunca sabia existir.
É saboroso conhecer esta maravilha
E a ela poder sonhar e amar.
A meus pés
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 2 August 2025O bem e o mal
Autor: WILSON CORDEIRO... on Saturday, 2 August 2025Mancomunado e à espreita
todo mal a pulsar
quem se revira na rede são os peixes vivos
já os mortos não podem se revirar
os poderosos têm patrocínio de ricos
já o pedinte se virá como dá
mais o próprio Jesus disse:
ao próprio Judas:
os pobres, sempre terás!
Esse sem juízo diz ser poeta
que em sua mente sã, só a guerra faz pensar
escreve com pena de leve a sentença
de toda dor que atormenta a paz
que demora e custa chegar