Não (Você, Não!)

Não me deixe não

Te ver,

Não me deixe não

Te ter,

Não me deixe não

Você,

Não me deixe, não!

 

Eu não quero não

Te ouvir,

Eu não quero não

Te cheirar,

Eu não quero não

Sem você,

Eu não quero, não!

 

Eu não posso não

Te beijar,

Eu não posso não

Te amar,

Eu não posso não

Ter você,

Eu não posso, não!

 

Não me faça não

Sorrir,

Não me faça não

Poetizar,

Não me faça não

Você,

22/05/2004

Bem-vinda, linda estrangeira!

 

Eis teu novo mundo;

Esse estranho mundo de coisas tão iguais

Que se descortina novo a cada olhar teu.

 

Chove, chovia há uma semana...

Aí você nasceu

E Deus abriu o céu para te contemplar,

Para ver se estava tudo bem

E dar as boas-vindas à tua vida.

 

Viva bem, minha fada-princesa!

Lembra-te que és filha de um anjo

E terás sempre o Pai desse imenso céu

Guardando a ti

Até que chegue a hora de tomá-la para si

(in)condicionais

O tempo mostrará e “julgará” as pessoas.
Ele é o grande descobridor de mentiras escondidas.
Do carácter de conveniência.
Das atitudes irracionais.
Dos "amigos leais".
Dos sentimentos "adormecidos".
Dos “amores” (in)condicionais escondidos. Dos desejos reprimidos...
Da nossa honestidade - só exigida aos outros.
Afinal quantos encontros combinados?
Afinal quanta mentira tem havido?

Angel man

Original composition in Portuguese-Brazil language “Anjo homem”, tradition and edition English. Format edited in the Spanish, Portuguese-Brazil and English language, on the author's page Facebook. Due to lack of time the poems are no longer being versioned or rhymed, literal translation is being used. All rights reserved.

Ángel hombre

Original composición en el idioma portugués-Brasil “Anjo homem'', traducción y edición Español. Formato editado en el Español, Portugués-Brasil e Inglés, en la página del autor. Debido a la falta de tiempo, los poemas ya no se versionan o riman, se está utilizando traducción literal. Todos los derechos reservados.

Halloween, máscaras e afins

No Halloween
a máscara continua a ser indiferente.
A verdade continua a ser verdade
como a mentira o continua a ser.
Apenas a mentira,
por vezes,
continua a ser a verdade.
O Halloween
é uma porta entreaberta onde,
entrando,
se pode remover a máscara mesmo se não se chega lá com ela.
O Halloween
é uma porta aberta onde,
à saída,
podemos trazer uma verdadeira máscara para a vida.

Alexandre Silva,
31 Outubro 2019
Escrita 2019

Calar-nos a boca

A hipocrisia da falsa verdade, da verdade imoral.
Quando nos achamos acima da mentira e a nossa mentira é, afinal, a verdade.
Verdade escondida, inconveniente.
Convenientemente.
Porque também há verdade imoral.
Porque a imoralidade também pode durar no tempo.
E quando a vontade de falar verdades vem acompanhada pela mágoa, a hipótese de falar mentiras e sobretudo ferir, deve calar-nos a boca.
Alexandre Vieira da Silva
9 Agosto 2019
Escrita 2019

À Bolina

"Deus fez-nos cheios de buracos na alma e o nosso dever é tapá-los todos para navegar."
Vergílio Ferreira

Nem Píramo nem Tisbe ou o pote d'ouro
Após o arco-íris, como combustível
Ou o declinante Hyperion do Keats crível
Qual gnose dum mirífico vindouro?

E nenhum barlavento haure fulgor
Ou estro, qual vão lirismo incognoscível.
Talvez o Endymion porque imarcescível,
Assim invicto em confluir ou a fé que for.

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