O leitor e o poeta

Quer ouvir um poema? Diz o poeta com entusiasmo

"Claro! Porque não?" Diz o leitor

Estamos morrendo aos poucos, tecnologias estão acabando com a humanidade e a criatividade, vivemos e aprendemos pra no fim perdermos tudo aquilo que conquistarmos, a única coisa que salva nos é o amor que a muito tempo foi perdido, aqueles que realmente acreditam no amor não amam nem a si mesmo, como eles poderiam amar outros

Distância

Há uma distância ditante
entre o mínimo e o abastado
de uma vez por todas
esse tipo de amor não tem meu agrado
até de fome
choram os gatos no telhado
falta compaixão também nos pratos dos humilhados

Descalços sem sapatos
as dores maiores não são divididas
pés no chão, de dores que já ficaram acostumados
há uma distância humilhante
entre o mimado e o defraudado
qual a razão de ainda
de existir tal espetáculo!

O tal evangelho dos fariseus

O tal evangelho dos fariseus
Mauro Antonio

A aglomeração não gosta de mim
Por causa do meu cabelo pixaim.
Meu Deus, em Seu Nome tanta gente ruim.

A aglomeração não gosta das manas
Poderia até fazer uma rima sacana
Pra todo e tanto ódio que emana.

Muitos desses e dessas dizem ser de Deus

Mas, pregam o tal evangelho dos fariseus.

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