Destroços de mim

À deriva encantos perdidos, sonhos desmantelados e a inabalável fé que sulcava o meu ser em névoas de breu no horizonte se dissipou.

O voo da andorinha já não mais transporta a liberdade,

A singela beleza da flor já não ofusca os meus sentidos,

O imenso mar já não abraça o meu sonho de partir,

Apenas aquela sombria e imunda dor tolda as minhas vísceras carregando com ela o desprazer de viver.

Já não encontro o sorriso de uma criança do outro lado da rua de pedra calcetada e pelo homem desenhada,

Repetindo Fp 4 8
Mauro Antonio

Que o salário passe a ser rendimento
Passe a falar também será o pensar,
Quem muda a fala engrandece o raciocinar

Muda junto para bons sentimentos
Que vibram e mudam procedimentos
Sem perceber vai ter mudado até o respirar.

Diz o Livro se a algo bom prosperar

Que disto se ocupe sempre o seu pensar.

Novo livro de Fernando Antônio Fonseca: DIVAGANDO SE VAI AO LONGE (poesias).
Sai em breve (www.editora24horas.com.br).

acumulo na memória os tratados que li e reli enfatizando os seus pensamentos sublimes; os seus manifestos ecléticos e os seus desideratos sapientes; as suas brilhantes asserções que nos regalam com um verdadeiro paraíso cultural.

construo uma ponte para os meus legítimos intentos através dum estilo frisante onde eu revelo as minhas opulentas emoções; através das mensagens persistentes que iluminam os meus devaneios de poeta.

tenho a postura dum cavaleiro errante quando afugento os meus medos e invisto contra os meus desaires; quando avalio os horizontes deprimidos que topei na praça grandiosa das emoções; quando obliquo para o lugar da razão.

Não encontro nenhum conselho
em vendaval ou em tirania
é o que prescreve a carrasca
dor a esta serventia indeterminada todo santo dia
tudo isso é incorporado em pequenas rimas em muitas vidas

A consciência é minha inimiga
perdoa mais , e ainda alicia
hoje tem chuva, também forte ventania
conselhos bons , já tive um dia
pra enfrentar dor, melancolia

há uma conjuntura que presenteia benfazejos horizontes à minha vida discrepante: porque sonho e quando sonho são alvíssaras que distribuo nas viagens que realizo: são palavras novas que componho para submergir a monotonia.

fortifico os meus ditames desde a revolução íntima operada pela minha têmpera de poeta: que me obriga a reformular os juízos antigos para poder suplantar a voragem do tempo; para poder exprimir uma congruência sincera.

Imensurável Amor
Mauro Antonio

Foram assuntar com ela
Se realmente gostava de mim,
No alto de sua grandeza toda bela
Respondeu a todos que sim.

Eu grato a Deus por todo o Universo
Passei a compor os meus versos
Em nome desse imensurável Amor
Todo ele que não rima com dor.

Ela olhou profundamente pra mim
Sem frescuras, medidas, pantins
Com um carinho que nunca tem fim

E vi então através deste lindo ser
Que se amar resulta em bem viver
Vou amá-la até o meu desaparecer.