falsos amplexos
Autor: António Tê Santos on Sunday, 8 December 2024sou inspirado pela veracidade quando discorro sobre a minha transfiguração; sobre as lembranças que propago e sobre as ideias ajuizadas que vou desdobrando para toda a gente.
sou inspirado pela veracidade quando discorro sobre a minha transfiguração; sobre as lembranças que propago e sobre as ideias ajuizadas que vou desdobrando para toda a gente.
rejeito as asperezas do amor e as próteses delas oriundas; os receios mórbidos que me fizeram enveredar por muitas aventuras desvairadas; as funestas atuações que barricaram o meu destino.
Feito de novo, um
Amanhã resvalando
Na saudade de hoje...
Proeza de fruta laminada
Nos socalcos da intuição,
Beijei o mar como
Sendo o teu adorno e prosperar
A centrífuga alma que
Nos envolve!
Quero ser,
Um qualquer querer,
Uma dúzia de pessoas no
Canto de uma só flor,
Vozes das ravinas adoptadas
Pelos pássaros,
Um sentimento sólido
Na incerteza que o transporta;
Sou feito de marfim, pelas
Margens de uma só circunstância,
O
Beijo que se guarda
Retirei, o agridoce, das
Vírgulas das pessoas
Que me transcendem...
Coisas que se misturam com
O nada da gratidão, a humildade
E a verdade de um sentido
De vida!
Gosto de olhar para ti,
Mesmo quando não me sentes,
Fico feliz com o segredo das
Noites, quando contas ao
Vento, de quem amas...
Tenho sede de ti, descansar
Da vigília das tormentas
Em que se bebe igualdade
Numa sincera ternura
Gostar das últimas vezes em
Que o nosso sorriso, comandou
Os sonhos!
Lá longe, no meio das
Nuvens, sentia que o
Mar, dissolvia o meu peito
Enquanto chegavas ainda que
Tardiamente no aconchego
A meu lado...
Ouvi o gritar das luzes, poente
De retorno ao sentir
O coração das orquídeas!
O ofuscar do nosso olhar,
Os dias últimos do outono
Na beira na da porta
Que transgride no tempo,
Era mesmo por ti, que
Me envolvia num instante
Fecundado nos poemas
Das aves migratórias - a alma
De todas as forças...
Perguntei o porquê do vazio
Conheço a luz que me traz
Alento...
Os vidros todos na água submersa na exatidão das
Coisas!
A existência numa lâmina comum,
Num rodopio eloquente,
Aí vem a sombra da noite
O transtorno da voz que mergulha
Em nós...
Fogo que se cultiva numa rocha
Cinzenta,
Colapso de coração esbatido
Na memória!
Sei que se pode transfigurar
O rumo das palavras,
Cultivar a maré, num profundo
E soberbo imaginar de suas
Famílias...
Distribuir a fadiga daquela
Humilde liberdade de que
a musicalidade que existe nos meus versos resulta da carga emotiva que sustento para descrever os meus pensamentos; para refrear as minhas condutas detestáveis; para extinguir as minhas perturbações.
a hostilidade implantada nas relações humanas faz-me pensar nas minhas inseguranças juvenis: nos palcos onde exibia e aguçava as minhas imperfeições; nos meus pungentes desenlaces amorosos.
do núcleo da minha alma brotaram os meus triunfos mais importantes: a vontade indómita que adquiri para escorraçar o sofrimento; o vigor com que instaurei uma poderosa afirmação individual.