De todos...
Autor: DiCello Poeta on Thursday, 26 July 2018
Poemas
eles invadem a mente
percorrem o corpo
Rabisco um poema
E escrevo no próprio coração
Sinto que escrever é como estar despida
Em alto mar ou numa constelação
Procuro a parte submersa
Do meu iceberg interior
Esse pedaço de alma esquecido no mar
Lapida-se na água
Como joia deixada no sepulcro.
As fagulhas das arestas brancas
Competem com as do sol
E com os sonhos de cristais
Da sereia triste
O firmamento perfuma-se de estrelas
E as nuvens correm por um céu mais cálido
O meu iceberg sobe
Mas afunda-se de novo
Flor formosa
singela e deslumbrante
Inspiração divina
Símbolo de espiritualidade e pureza
Teu perfume é a essência do amor
Perfeição, sabedoria e paz
Bela Flor que emerge em sujas águas
Águas turvas e estagnadas
Tua raiz está na lama,
Teu caule na água e tua flor ao sol
Tuas oito pétalas
São o símbolo da harmonia cósmica
És história, poesia e vida
Flor imaculada que desabrocha sobre a água
em busca de luz
Flor sagrada para os povos do oriente
Flor que estás tão perto de mim
Crianças órfãs do futuro
Sem berço, sem amor
Feridas, maltratadas,
Confinadas, raptadas,
Violentadas …
Recrutadas para lutar
Maldita guerra!
Atroz calamidade
Crianças privadas de alimentos
De água, de abrigo
Vítimas vulneráveis
Sem aconchego sem lar
E vem o Desespero de mãe
Que coloca seu filho
Em navios amontoados
De gente aterrorizada
Na esperança de um mundo melhor
E no mar…
Sua superfície ondulante pode salvar
Mas nas suas profundezas ocultas
Uma estrela cadente
Caiu do teu coração
Pousou nos meus olhos
Em forma de oração
Só quem ama
Tem a capacidade
De entender as estrelas
Elas vivem secretamente
Em almas enamoradas
Pousam ternamente em teu olhar
São estrelas encantadas
Os versos que se leem nas entrelinhas
Fazem ninho e aconchego
Procuram abrigo num mundo inventado
Fantasioso fecundo e trôpego
E a poesia é orvalhada de ternura
A lua é testemunha
Deste amor que ainda perdura!
Ingrediente indispensável à vida
Um sonho feito de despertares
Um empréstimo que se pede à felicidade
É o sonho do homem acordado
Um alimento da alma
É o desespero superado
Esperança
É a dor em poesia
É a promessa eternamente suspensa
Diante dos olhos que choram
E do coração que padece maresia
Esperança...
Um sonho feito de despertares
Calmante que a natureza concede ao ser humano
Angústia dos instantes de dúvida
Certeza nos momentos de fé
Esperança
O vento espalha as folhas pelo chão
O sol desmaia com frieza
Chegou dezembro
Um manto branco
Cobre a terra, os campos, os vales
As ruas enchem-se de luz
Cor, vida e alegria
Terna mutação da natureza
Onde o amor e a amizade
se encontram em poesia
O rosto dos transeuntes
Que se deslocam pelas ruas iluminadas
Recebe o beijo frio da estação
Soam cânticos na cúpula
É tempo de lembrar aquele menino
Que sorria nas palhinhas
Iluminado pelo olhar doce de Maria
O doce mel
Rodopia por entre os versos
Ao ritmo de uma paixão
Momento delicado de duas almas
Em subtil dedicação.
A poesia faz-se presente
E alinha sentimentos
Em total veneração.
Neste compasso do amor
Há jardins perfumados
Onde chilreiam os pássaros
Em corações apaixonados.
Compasso do amor
Que embriaga corações sensíveis
De carinho galanteador
Incendeia o Brilho do olhar
E a um ritmo cardíaco descompassado
Faz a respiração parar
Escrevi uns versos para ti, sorrindo
Às tuas 30 alvoradas de março
Mulher madura, mulher menina
Aqui tens o meu abraço!
Mesmo sendo mulher madura
Teu lado de menina não o deixes morrer
Lembra-te que é a força interna
Que nos faz rejuvenescer
Cada fase tem seus encantos, sua magia
E chegar aos 30, é poesia!
Que possas conquistar e desfrutar o mundo
Com o aroma suave das flores
Passar da reta à curva do amor
Pintar o arco iris com todas as cores
Espelhos de cristal, te tornaram deslumbrante